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A Gamaya está elevando o nível de suas atividades por meio de análises baseadas em satélite

Artigo publicado no jornal 24 heures, 29/12/21 (Alain Detraz)
Artigo publicado no jornal 24 heures, 29/12/21 (Alain Detraz)

Drones da Gamaya decolam graças aos satélites


Para aumentar a eficiência da agricultura, a startup nascida na EPFL ampliou seu campo de visão ao explorar o espaço.



A Gamaya foi fundada com base no desenvolvimento de câmeras hiperespectrais transportadas por drones para monitoramento de culturas.


A empresa atingiu um marco importante este ano. Criada a partir de um projeto de pesquisa na EPFL em 2015, a Gamaya agora monitora mais de 1 milhão de hectares de lavouras em todo o mundo. Esse é um salto significativo para a startup, que esteve em evidência há dois anos, quando levantou cerca de 12 milhões de francos. Desde então, a empresa passou da fase de pesquisa para a fase comercial. Os drones dos primeiros anos, que prometiam monitorar a condição das plantações com uma minicâmera hiperespectral, tiveram seu uso complementado por imagens de satélite.al mini-camera, have seen their activity supplemented by the use of satellites.


Por que monitorar os campos a grandes altitudes?


A ambição original da Gamaya era otimizar a agricultura. Seu fundador, Yosef Akhtman, desenvolveu uma pequena câmera capaz de capturar um amplo espectro de ondas. Instalado em um drone, o dispositivo permite analisar uma área agrícola, detectando o crescimento de culturas ou ervas daninhas, doenças e outras anomalias. Tudo parece deixar um rastro, mesmo que invisível a olho nu.



Hoje, a análise das imagens fornecidas por diversos satélites desempenha um papel essencial no monitoramento das lavouras.


O trabalho é realizado por softwares que interpretam essas imagens para os agricultores. Como resultado, os produtores reduzem o uso de defensivos agrícolas e aumentam a produtividade. A precisão da tecnologia também possibilita a automação das lavouras.

“Nos últimos dois anos, focamos nossos esforços e desenvolvemos duas grandes famílias de produtos.”

— Thomas Peyrachon, Diretor de Vendas da Gamaya


Cada planta tem características próprias, e a Gamaya decidiu se especializar em cana-de-açúcar e soja. Os primeiros clientes da empresa foram grandes produtores brasileiros. Atualmente, a Gamaya atende cerca de vinte desses produtores, alguns com áreas superiores a 100.000 hectares. Na Índia, a gigante Mahindra ajudou a empresa a se estabelecer. Nos Estados Unidos, a Gamaya conquistou seu primeiro cliente.


“Três anos atrás, tínhamos muitas ideias e projetos em fase de desenvolvimento para diferentes culturas e questões agronômicas”, lembra Thomas Peyrachon. “Nos últimos dois anos, passamos a nos concentrar mais e desenvolvemos duas grandes famílias de produtos.”


Essa mudança resultou na redução do número de funcionários dedicados a drones. De 35 empregados, a empresa agora conta com apenas 25.


Thomas Peyrachon, Gamaya Sales Director.
Thomas Peyrachon, Gamaya Sales Director.

Nos vastos campos do Brasil, o uso de drones mostrou suas limitações. “As câmeras hiperespectrais que desenvolvemos nos deram vantagem na análise de imagens”, explica Peyrachon. “Conseguimos aprimorar nossas capacidades de análise para que agora possamos processar tanto imagens de drones quanto de satélites. Isso nos permite fornecer soluções completas para a agricultura, tanto no nível macro de uma fazenda quanto no nível micro de uma parcela ou grupo de plantas.” Atualmente, as imagens de satélite ocupam "um papel central" na empresa.


A pandemia de Covid-19 impactou os negócios da Gamaya, mas também aumentou a conscientização de agricultores e clientes sobre a digitalização da agricultura. “Com nossa análise de imagens e modelos agronômicos, conseguimos fornecer um diagnóstico inicial sem necessidade de visitas presenciais”, explica o diretor.


Agora, a fase comercial da Gamaya continua a avançar. “Em janeiro, lançaremos uma nova solução para detecção do florescimento”, anuncia Peyrachon. O florescimento da cana-de-açúcar pode reduzir a produção de açúcar, e a nova tecnologia permitirá que os produtores identifiquem o problema antes que ele seja visível a olho nu.


Boas práticas para certificação


O futuro da Gamaya a médio prazo ainda está em aberto. Os resultados das análises são promissores, mas a revolução digital na agricultura leva tempo para se consolidar, mesmo em um país como o Brasil, onde a produção agrícola é altamente desenvolvida. “Queremos ir muito além, fornecendo soluções aplicáveis a outras culturas e permitindo o monitoramento e a certificação de boas práticas agrícolas em larga escala”, dizem os diretores da empresa. O objetivo é melhorar a produção, otimizar o uso de recursos e reduzir o impacto ambiental das atividades agrícolas.


A certificação por meio de imagens de satélite parece ser um caminho promissor para a Gamaya. Os consumidores querem cada vez mais garantias sobre a origem dos alimentos que consomem. Com esse objetivo global, a empresa busca novos investidores.


Segundo Thomas Peyrachon, “um novo ponto de virada está próximo”. Ele afirma que a Gamaya considera duas possibilidades para o próximo ano: uma nova rodada de captação de investimentos ou a integração da empresa em uma estrutura maior. “Isso faria sentido, já que gigantes como Microsoft e Google também estão investindo nesse setor.”


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